Transplante capilar FUE: tendências e novidades
Transplante capilar FUE e as novidades do Workshop Latino-americano
O transplante capilar FUE é nosso tema de hoje.
Na verdade vou falar sobre o que vimos no 6º Workshop Latino-americano de Transplante Capilar com a Técnica FUE, que aconteceu em Cancún, no México.
Fazendo um resumo, a cirurgia de transplante capilar ainda é o recurso de tratamento da calvície definitivo.
Dentro da técnica em si o FUE continua sendo uma técnica minimamente invasiva, onde conseguimos retirar os folículos um a um e transplantar para a área calva.
Nesta evolução aparelhos novos semper surgem, para que o médico use uma tecnologia semelhante, por exemplo, a um iPhone.
A tela do aparelho é toda touchscreen e você consegue colocar um modo para cada paciente, ou seja, você consegue diferenciar aquela aplicação para aquele tipo de cabelo.
Então você escolhe a rotação, oscilação, vibração, com sucção, sem sucção, enfim, é o que tem de mais moderno.
Mas é a mão do médico que conduz o micropunch para fazer o orifício no couro cabeludo.
O robô estava lá, mas o robô ainda não consegue substituir a mão humana.
O punch do robô ainda é maior do que o utilizado atualmente pelos motores portáteis, por isso mesmo a nossa opção continua sendo o uso das mãos que fazem a arte da cirurgia.
Em relação aos tratamentos clínicos nada surgiu de novo sendo superior ao minoxidil e à finasterida.
Então continuamos nessas duas vertentes das drogas estão mais eficazes com comprovação científica.
E a célula tronco? E as terapias genéticas?
Observamos pessoas ouvindo falar que se conseguiu clonar o fio e que já conseguiram a cura da calvície.
Isso ainda, infelizmente, não é a real. A medicina regenerativa, como é chamada, está evoluindo.
Os fatores de crescimento obtidos pelo PRP estão sendo muito usados nos Estados Unidos.
No Brasil a gente ainda não tem esse tipo de terapia, mas o uso de células de cordão umbilical para estimular folículos preexistentes é o que a medicina regenerativa tem feito.
Ela está tentando buscar com que aquele fio miniaturizado volte a entrar numa fase anágena, ou seja, volte a engrossar e esse é o grande desafio.
Os fatores de crescimento já foram a primeira opção e existem pessoas que respondem muito bem, mas outras pessoas infelizmente não respondem e não se sabe ainda porque.
Começaram a usar as células-tronco de cordão umbilical de um banco de uma empresa americana e também derivados dessas células.
São substâncias que seriam a raiz da célula tronco, onde também há estímulos dos folículos preexistentes.
Isso significa que, infelizmente, tem que ter um folículo ali para estimular, seja com medicamento, seja com fatores de crescimento, seja com laser.
O consenso também é de que não existe monoterapia. Mesmo que a célula-tronco chegue aqui no Brasil e deve chegar logo, ela não vai ser monoterapia.
Esse tratamento não vai substituir ainda o tratamento clínico.
Então os tratamentos multidisciplinares vão ser a primeira escolha, como já acontece hoje.
E para aquela área totalmente calva o transplante capilar entra e continua sendo a solução definitiva.
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