Homens jovens e com calvície: o que fazer?

Publicado por Clínica Muricy em

Homens jovens que já apresentam calvície podem fazer a cirurgia?

Homens jovens, na casa dos 20 anos, mas que já apresentam calvície, podem fazer um transplante capilar? Existe uma idade ideal para realizarmos a cirurgia? 

Infelizmente, não existe uma resposta exata para essa pergunta. Na verdade, depende de muitas coisas. 

Em geral, o que vemos em nossa prática diária é que o paciente jovem é mais imediatista, ele pensa em realizar a cirurgia e resolver o problema da calvície de uma vez por todas. 

Obviamente o homem mais novo pode se incomodar com a perda de fios, que confere a ele um aspecto de mais idade, o que muitas vezes não é condizente com seu estilo de vida, por exemplo. 

Então, a situação ideal seria operar e não precisar mais se preocupar com o futuro, mas não é bem assim que acontece, porque a calvície é progressiva. 

Assim, o transplante vai preencher uma área vazia, mas ele não trata a queda de cabelo, nem impede que os fios ao redor, que não foram transplantados, evoluam, miniaturizem e caiam. 

A importância do tratamento da calvície

Por isso é preciso que o paciente jovem tenha consciência de que, antes mesmo de realizar o transplante capilar, ele deve iniciar o tratamento clínico da calvície, com uso de medicamentos. 

Decerto, ele deve estar usando já há algum tempo, de forma rotineira, o medicamento, tendo resposta do tratamento e sem efeitos colaterais para que possa ser feito o transplante capilar no momento propício. 

Às vezes, recebemos pacientes com esse perfil, que dizem passar o minoxidil tópico diariamente, mas nós sabemos que isso não é suficiente para segurar o cabelo que ainda não passou pelo processo de miniaturização. 

Ou seja, com o passar dos anos esse fio também vai passar pelo processo de afinamento. 

A finasterida oferece algum risco? 

Dessa forma, esse paciente mais jovem precisa de um acompanhamento, com a realização de exames laboratoriais prévios, inclusive o espermograma. 

Isso porque já vimos pacientes que fizeram uso de finasterida quando jovens e, mais tarde, descobriram uma infertilidade, a qual relacionaram com o medicamento. 

Entretanto, pode ser que haja um histórico prévio de infertilidade, por varicocele, por exemplo, ou uma outra questão que possa gerar uma redução de volume espermático ou até uma redução de mobilidade dos espermatozóides. 

Assim, de acordo com estudos atuais da Sociedade de Urologia, a finasterida é considerada uma droga segura. Se a pessoa tem boa saúde, tem dosagens hormonais normais, a possibilidade dela gerar efeito colateral é pequena. 

Porém, naquelas pessoas que podem ter uma tendência genética a uma alteração no espermograma, essa condição pode sim ser agravada pela finasterida. 

Acompanhamento médico antes de depois da cirurgia 

Enfim, são muitos fatores a serem observados e analisados, por isso a cirurgia não pode ser a primeira indicação de tratamento, até porque não conhecemos a evolução do grau da calvície. 

Aliás, já tivemos aqui na Clínica pacientes de 19 anos com indicação de transplante capilar, com um grau avançado de calvície, mas com o tratamento clínico ativo e estabilidade do grau da calvície.

Então, é preciso que o paciente tenha consciência de que ele deverá preservar a medicação para sempre, mesmo depois da cirurgia. 

Afinal, enquanto você usa o medicamento, ele faz efeito. Se parar de usar, a tendência é que esse cabelo vá embora. 

Além disso, a cirurgia também tem suas limitações. Por exemplo, um homem jovem que tem entradas e realiza o transplante capilar para preencher esses espaços, se não cuidar, no futuro terá cabelos apenas nas entradas e perderá o restante dos fios. Esteticamente falando isso não é aceitável. 

Portanto, é fundamental que o paciente que tem calvície e deseja tratar o problema, tenha um acompanhamento médico de perto. Se esse é o seu caso, agende a sua consulta.


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