Transplante capilar sem raspar os cabelos

Publicado por Clínica Muricy em

É possível fazer o transplante FUE sem raspar os cabelos? 

Quando a técnica FUE de transplante capilar surgiu, era necessário raspar os cabelos para que se pudesse saber o direcionamento dos fios e, assim, fazer a incisão de forma correta. 

Isso tudo porque é necessário que se chegue à raiz dos fios, que é interna, está a cerca de 4 milímetros de profundidade. Por isso, fala-se que o FUE é um transplante às cegas.

Quando era realizada a técnica da tira, não se raspava os cabelos nem na retirada nem na colocação. Mas, de repente, nos deparamos com uma técnica nova, com uma abordagem totalmente diferente. 

Acontece que diversos pacientes diziam que não queriam raspar a cabeça. Ao mesmo tempo, também não queriam ter aquela cicatriz natural do transplante de tira. 

Por isso, nós descobrimos um médico americano, que fazia pequenas sessões, cortando os fios de cabelo de forma espalhada, para que não precisasse raspar a cabeça. 

Megasessões sem raspar os cabelos?

Porém, o grande desafio da Clínica Muricy era realizar megasessões, já que somos referência nas cirurgias grandes. 

Então, começamos a fazer a cirurgia em dois dias consecutivos, para que pudéssemos preparar o couro cabeludo sem raspar toda a cabeça. 

Com o auxílio de um pente que tem na ponta como se fosse uma agulha de crochê, nós preparamos a área doadora, cortando um fio sim e outro não. 

Claro que se tornou uma cirurgia ainda maior do que o FUE tradicional, mas, desta forma, era possível assegurar o resultado natural, sem raspar os cabelos e também sem colocar em risco o paciente e a equipe envolvida na cirurgia em si. 

Mas, com a prática, hoje conseguimos realizar o transplante capilar em megasessões com um único dia, sem raspar a área doadora ou a receptora. 

Claro que isso exige muita prática, lentes de grande aumento e uma equipe altamente treinada, porque se torna uma cirurgia muito mais elaborada, de forma geral. 

Utilização de pelos corporais

Os desafios continuam surgindo. Assim, os pacientes não querem a cicatriz linear e querem ter a área calva bastante preenchida, mas há um limite na extração de fios da área doadora, para não gerar uma rarefação de fios. 

Então, inovando novamente, buscamos a solução para esse problema no body hair, ou seja, utilizando pelos corporais no transplante capilar. 

Podem ser fios da barba, da região toráxica, abdominal, pelos pubianos e até das costas, quando o indivíduo tem uma boa quantidade de pelos nessa área. 

Portanto, hoje, é comum utilizarmos 1.000, 2.000 pelos corporais no transplante capilar, adicionando-os aos folículos do couro cabeludo. 

Certamente não vamos utilizar esses pelos na região anterior, que necessita de cabelos mais delicados. Mas para a região intermediária e o preenchimento da coroa, que é uma área difícil de preencher, podemos utilizar esse mix de folículos com resultados espetaculares. 

Experiência da equipe médica

Mas para isso é preciso ter muita experiência, equipe qualificada, inclusive com médico cirurgião auxiliar. Os pelos corporais são mais difíceis na extração, oferecem mais risco de transecção e perda de enxerto. 

E tudo isso envolve também o tempo da cirurgia e a quantidade de anestésico. 

É importante lembrar que os pelos são transplantados com as características da área doadora. Por isso eles precisam ser mesclados com o cabelo, para que se tenham resultados estéticos excelentes. 

O pelo da barba é mais grosso, levemente ondulado, enquanto o do tórax é mais fino e não cresce tanto em comprimento. 

Além disso, é preciso fazer testes antes de partir para o transplante em si. Por exemplo, o dorso é uma região em que pode formar cicatriz, então não funciona para todos os pacientes. 

Por isso, é preciso uma análise profunda na consulta para que seja feito o melhor planejamento cirúrgico. 

Mas, certamente, as cirurgias atuais chegam a ser 5 vezes maiores do que as cirurgias realizadas lá no início, nas décadas de 80 e 90.

O resultado estético é infinitamente melhor hoje do que era lá no início e nós estamos sempre à frente, buscando inovação e os melhores resultados para nossos pacientes. 


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