Minha experiência com o transplante FUE

Publicado por Clínica Muricy em

Dra. Maria Angélica Muricy fala sobre sua experiência com a técnica FUE

São muitos anos de experiência com o transplante FUE, que já existe há 19 anos e é uma especialidade da Clínica Muricy. 

Quando essa técnica surgiu, parecia extremamente difícil de ser realizada, porque se deveria fazer uma dissecação às cegas, ou seja, introduzir um aparelho sem ver a raiz do cabelo. 

Como conseguir essa proeza e não danificar a raiz? Claro que houve nesse tempo uma evolução dos aparelhos, mas o grande diferencial é a habilidade manual do médico. 

Retirada dos folículos 

É muito importante salientar aqui que uma das principais características e que eu prezo é realizar o ato cirúrgico. 

Então, aqui na clínica Muricy eu não delego para ninguém a execução, a extração de todas as unidades foliculares do paciente. 

Por isso, são em média de 3 horas de retirada, dependendo da cirurgia. Como hoje em dia existe a possibilidade de fazer o FUE sem raspar o cabelo, esse tempo pode até ser um pouquinho maior. 

Mas cada unidade folicular, seja 1000, 2000, 3000 ou 4000 unidades foliculares, todas são retiradas por mim. 

Claro que eu conto com uma equipe para me auxiliar, contar as unidades e separá-las por hora de extração. 

Isso é importante porque o tempo do folículo fora do corpo conta no seu crescimento, ou seja, quanto mais tempo ele ficar fora do corpo, maior a chance de não pegar o enxerto. 

Não existe chance de rejeição, porque é um autoenxerto e o organismo reconhece como dele, mas a técnica cirúrgica precisa ser perfeita, para que haja sucesso no resultado final e no crescimento de todas as raízes transplantadas. 

Além do médico saber o que está fazendo, é importante conhecer a anatomia da região, porque existem nervos e vasos sanguíneos que passam por essa região, assim como um limite de trauma que pode acontecer para que não ocorram complicações no pós-operatório. 

Transplante FUE realizado em centro cirúrgico 

A técnica de FUE surgiu para ser um ato médico muito bem realizado, para não ter nenhum tipo de complicação. 

Por isso, dentro da nossa visão aqui na Clínica Muricy, ela deve acontecer em um ambiente cirúrgico, com toda assepsia realizada para prevenir infecção. 

Assim, aqui nós temos uma sala de cirurgia preparada para receber o paciente. 

Todos os profissionais envolvidos no procedimento são paramentados com aventais cirúrgicos, com luvas estéreis e colocamos campo cirúrgico no paciente, para que a cirurgia seja estéril. 

Nós cuidamos do ato cirúrgico para que o pós seja mais simples para o paciente, sem que ele precise tomar antibióticos depois. 

Transplante capilar realizado com anestesia

Um dos nossos principais diferenciais é o anestesista presente na sala de cirurgia durante todo o tempo cirúrgico, sejam 6, 7 ou 10 horas. 

O anestesista está ali monitorando o paciente, vendo como está o batimento cardíaco, a pressão arterial, a quantidade de oxigênio circulante e a respiração do paciente. 

Porque também nós optamos, para um conforto do paciente, realizar uma sedação ambulatorial, então o paciente não tem a dor da picada da anestesia local, porque neste momento ele já recebeu uma leve sedação. 

Então, o paciente permanece dormindo durante todo o ato cirúrgico, justamente para poder passar essas horas de uma forma tranquila, com ele quieto para que eu consiga trabalhar na forma mais perfeita possível. 

A cirurgia de transplante capilar FUE é um ato sério, um ato médico e deve ser feita com responsabilidade para que não traga nenhum dano ao paciente. 

Sendo uma cirurgia estética, eu não quero correr riscos que levem a um resultado inestético, como necroses na área doadora ou na receptora, por isso existe um limite de trauma a ser respeitado. 

E tudo isso é discutido com o paciente previamente, na consulta de pré-operatório. Ele faz exames laboratoriais, passa pela avaliação com o cardiologista ou clínico geral e só então ele vem, preparado para se submeter à cirurgia. 

Assim, o sucesso do transplante capilar é esperado e garantido. 


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