Existe idade ideal para realizar o transplante capilar?
Qual a idade ideal para fazer a cirurgia de transplante capilar?
Você sabe qual a idade ideal para fazer uma cirurgia de transplante capilar? É preciso esperar o cabelo cair todo no topo da cabeça ou dá para fazer a cirurgia em áreas menores?
Em geral, o paciente jovem é imediatista e quer operar logo, ele quer resolver a queda capilar ou o início da calvície de forma praticamente imediata.
Então, o que fazemos é orientar esse paciente e às vezes o responsável que o acompanha, sobre esperar mais algum tempo para realizar o transplante, especialmente se é um paciente com menos de 20 anos de idade.
Isso porque os fios que ele ainda tem, caso tenha a genética para a calvície, irão cair também, ou seja, a calvície irá evoluir.
Quando operar um paciente jovem?
Claro que existem exceções. Tivemos o caso de um paciente de 21 anos que apresentava uma calvície completamente estabelecida e não se tinha mais o que fazer, era uma calvície precoce.
Mas essa é a exceção. O protocolo regular é tratar a calvície e deixar o transplante capilar para mais tarde.
O que vemos na prática é que o paciente que já é calvo, valoriza muito o fato de voltar a ter cabelo. Então a expectativa dele com o resultado é inferior.
Por outro lado, há pacientes que chegam querendo resolver o problema de forma mais rápida, tanto jovens quanto mais velhos. Eles dizem que não aguentam mais tratar a calvície e desejam resolver o problema.
Acontece que a cirurgia só preenche o espaço vazio, ela não impede a progressão da calvície, ela não é o tratamento da calvície.
Então, o paciente que opta pela cirurgia e que ainda tem cabelos, deve continuar fazendo um tratamento contínuo. Esse tratamento é para sempre, porque a calvície não tem cura, ela apenas tem controle.
Além disso, muito provavelmente esse paciente terá que ser submetido a uma segunda etapa de cirurgia futuramente, porque os cabelos vão continuar caindo.
A importância do tratamento contínuo
O tratamento clínico não tem eficácia de 100%, então alguns fios continuam evoluindo no processo de queda da calvície, mesmo com uso das medicações.
Outro conceito que não existia antigamente é o de que o cabelo também envelhece e vai ficando fino com o passar dos anos. Assim, com o envelhecimento capilar o volume também diminui com o tempo.
Então, é fundamental que se mantenha um acompanhamento médico anual, mesmo depois do transplante capilar.
Por essa razão, operar fora do Brasil, como na Turquia, por exemplo, é um grande risco.
Assim, podemos acompanhar seu grau de calvície, a evolução, ajustar o tratamento, a medicação e também aproveitando as novidades que são fruto dos estudos constantes.
Além disso, o paciente jovem não recebe muito bem o tratamento medicamentoso, porque tem medo de sofrer alterações de ordem sexual, como queda de libido e impotência. Esse é outro motivo que faz com que procurem a cirurgia.
De qualquer forma, se a decisão for pela medicação, por exemplo a finasterida, é fundamental que esse paciente tenha acompanhamento médico, muitas vezes de forma multidisciplinar, para mapear a parte hormonal e sexual e monitorar quaisquer alterações.
Por isso, é de suma importância que o paciente procure especialistas, tanto na área da calvície quanto para acompanhar sua saúde de uma forma geral.
E se você ainda é jovem e está notando uma perda maior de cabelos e deseja tratar a calvície, agende uma avaliação para que a gente determine o diagnóstico e o melhor tratamento para o seu caso.
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